terça-feira, junho 06, 2006

Momento Copa

Em ritmo de Copa do Mundo, não resta abordar a mobilização mundial que se faz em torno dela , maior até que nas Olimpíadas onde há todos os tipos de esportes e não se vê algo tão grande em torno , pelo menos aqui no país do futebol. Torce-se pela Daiane dos Santos , ganhar ouro, mas as empresas não dão o patrocínio devido a esportista, vibra-se pela vitoriosa seleção de vôlei, mas seus jogadores não são tratados como "pop stars" , como os jogadores da seleção brasileira. Estes por sua vez na sua maioria "estrangeiros", na sua maioria de origem humilde ou no maior grau da classe" média -média", hoje não sabem nem de perto a realidade de morar no Brasil. Onde a miséria que muitos sairam nada evoluiu, em compensação o aumento da violência impera principalmente nas grandes cidades. A criminalidade faz rebeliões em penitenciárias capaz de parar a grande São Paulo e outros estados, por um maior conforto aos detentos, enquanto o Estado e a União se acusam mutuamente pela falta de segurança, sem nada fazer para melhorar isto. E advogados de facções são presos por falar a única verdade ao congresso nacional, chamar de safados ou malandros os congressistas, que a cada dia se assolam no mar de corrupção . De um governo dirigido por um operário e militantes partidários que trouxeram de volta a democracia ao país e por muito pagaram o preço com prisões, exílios ou passaram a viver como clandestinos em seu próprio país. Homens admiráveis por seus feitos e ideais e que hoje aparecem em escandâlos ligados a mesada de deputados de outros partidos e e outros níveis de corrupção , mostrando que o poder corrompe e prova que mais uma vez esquece-se de sua própria história, mazelas de uma nação sem memória.
Memória esta que retorna , quando se fala de futebol, dos jogadores das Copas passada dos seus feitos e glórias , das aventuras amorosas de Garrincha, das frases "pérolas " do atleta do século. Fazendo esquecer a falta de comida ,de segurança, de saúde e de educação, pelo menos durante o período de 4 e 4 anos , quando a Copa do Mundo se realiza , coincidentemente no mesmo ano que as eleições presidenciais. Nada diferente da política do pão e circo da Roma Antiga, onde humanos eram atirados aos leões , enquanto a platéia delirava, fingindo não enxergar a podridão do Império Romano.
Mas como torcedora só posso repetir o que diziam na Copa de 70: Pra frente Brasil.

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