segunda-feira, fevereiro 25, 2008

O carnaval


O CARNAVAL


Apesar da crônica está sendo escrita com atraso , devido a festa do momo ter acabado há semanas. Escrevo em resposta há algumas crônicas de não foliões que argumentam o seu não gostar pelo Carnaval no Rio de Janeiro, pois o mesmo é uma festividade de alto risco pois prolifera a violência na cidade . O que me fez pensar quando li esse parágrafo é que o Autor da crônica é contra o festejo dos quatro dias consecutivos de carnaval , pois dessa forma esqueceriam as mazelas de suas vidas , o que para ele o cronista não é certo.
Não percebendo que os dias de fantasia serve para as pessoas felizes ou infelizes passem momentos reais de felicidades ainda que mascarados , mas intensamente curtidas , independentemente dessa felicidade ser contínua nos dias póstumos ao carnaval , se é que ela existe , a felicidade contínua.
Entendo que muitos não querem junta-se a boiada feliz e nem mesmo como diz o cronista Zeca Fonseca : “... nem mesmo ir em rumo ao pasto de bosta que fica o Rio no Carnaval.” Respeito que o mesmo vá na contramão do Carnaval e faça o que queira fazer neste período. Mas que também não venha interferir , nem criticar a alegria desenfreada dos milhares foliões que se juntam não só numa corrente de alegria e diversão , mas também de otimismo e que como num milagre tudo depois do carnaval ser diferente , é o ano novo para alguns onde tudo pode acontecer.
Além do que , os não foliões não devem ser esquecer que na festa mascarada , empregos agrupam-se em carros alegóricos e comunidades carentes inteiras assoladas pelo medo , unem-se em torno de um único objetivo comum a alegria, e a própria violência cai em razão da folia.
Não justifica-se dizer que as feridas durante o Carnaval foram fechadas , mas elas são esquecidas e param doer , pelo menos nestes quatro dias de folia, que podem se chamar de perseverança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário