sábado, junho 26, 2010

A pátria nas chuteiras estrangeiras


Impressionante o aumento do número de jogadores que mudam de nacionalidade só para jogar na Copa do Mundo ou seja das 32 seleções disputando a Copa, vinte quatro delas  possuem jogadores “ estrangeiros , somente 8 (oito)  seleções , dentre elas, o Brasil. Uruguai, Espanha, África do Sul, Inglaterra , Eslováquia e Eslovênia , não fazem parte desse seleto grupo.


O caso é tão curioso é que na seleção da Argélia , que tem de 15 a 17 de seus jogadores nascidos na França , sua colonizadora e que o pior se naturalizaram argelinos somente após o país africano ter conseguido a classificação na Copa do Mundo e muitos destes só vestiram a camisa da seleção argelina em jogos oficiais durante a Copa. Se pensarmos assim , a nossa vingança nas duas derrotas de 1998 e 2006 em face a França , foi também dupla , pois suas duas seleções foram eliminadas da Copa , logo na primeira fase.

Diferentemente dos clubes que podem comprar quaisquer jogadores e transformar suas equipes em  mais fortes do que quaisquer seleções , os países dão passaportes a estrangeiros com uma chance de se destacar no cenário futebolístico internacional, e esses atletas utilizam-se do melhor cenário que a Copa do Mundo para conseguir contratos milionários em clubes de preferência europeus.

Desvalorizando com isso a Copa do Mundo e principalmente pela descaracterização e pela perda da identidade das seleções nacionais que não brigam mais pela hegemonia nacional , exemplo este estamos assistindo a do Mundo quando a legião européia de estrangeiros nem ultrapassou a primeira fase da Copa ou joga um futebol de baixíssima qualidade , enquanto todas seleções da América , exceto a estreante Honduras , ainda brigam pelo título.

Preocupação esta que faz o presidente da Fifa Joseph Blatter pensar em restringir o número de jogadores naturalizados , o que com certeza vai gerar uma empecilho no princípio da livre circulação da União Européia ,mas acho que pelo menos irá fortalecer as seleções e principalmente dar força as ligas nacionais da África, Ásia e América do Sul , que é maior vítima da saída precoce de jogadores, , onde o Brasil é um grande exportador e quem sabe na Copa de 2014 , realizada aqui , teremos a metade dos jogadores vindos do Brasil, seguido de outros exportadores como Alemanha, França e Argentina.

• DICA : para quem nunca leu o Livro Pátria de Chuteiras , novas crônicas de futebol do dramaturgo Nelson Rodrigues.

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