sábado, agosto 21, 2010

Pujante Copacabana

Moro num bairro que uma só crônica é pouco para descrever sobre ele e devo dizer que sobre este bairro já se falaram de tudo através de letras de canções, contos, crônicas , poemas , filmes e todos os tipo de homenagem que possam ter sido feitas a este intrigante lugar que é apelidado carinhosamente pelo compositor Braguinha de Princesinha do Mar : Copacabana .



Na verdade hoje ela não é mais a princesinha , que há muito foi palco de elegância , glamour até sofrer nos anos 60 com especulação imobiliária , refletida nos 150.000.00 habitantes do local , dentre eles a maior população idosa do país , misturado a diversas classes sociais e dosada ao submundo carioca (prostitutas, travestis, michês , traficantes) que também aqui residem, diversificando o local que também é um atrativo para estrangeiros de todos os lugares do mundo. Provavelmente deve estar dentro um dos bairros mais democráticos do mundo, tamanha diversidade.


Não pode-se negar que essa super população, traz uma multidão diária de transeuntes, carros e transportes públicos aglomeram e engarrafam as ruas do bairro, principalmente a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. O que deve fazer muita gente pensar que de princesa o bairro não tem nada e mais parece sim com a bruxa má das histórias infantis.


Felizmente não é bem assim , quando se é compensado com um simples passeio pelo calçadão , ornado pelas pedras portuguesas com desenhos de onda da praia e depois lanchar na tradicional Confeitaria Colombo , localizada dentro do Forte de Copacabana ou Museu Nacional do exército e deliciar-se com a mais bela vista da cidade , com toda certeza.


Além do que o Bairro na sua diversificação oferece lugares bucólicos como a pracinha do Bairro Peixoto e parece um oásis da paz dentro do turbulento bairro , que tem perto as melhores e quem tem mais raros cds e dvds de música do Brasil, colado com uma das melhores sorveterias da cidade uma verdadeira gelateria como diria os italianos.


Outro lugar desconhecido e tão tranqüilo quanto é o parque da Chacrinha , um espaço incrível para uma boa caminhada junto ao verde com uma enorme área de Mata Atlântica, que restou no bairro , que dá para fazer um ecoturismo no tumultuado bairro , sem ouvir um só barulho de carro ou de pessoas.


Sem citar ainda as descoberta de lojas e lugares que vendem e consome tudo o que se possa imaginar , que faz o morador do bairro não precisar se deslocar para nenhum lugar da cidade para adquirir ou vender quaisquer coisa . Como a também a diversificação de bons lugares para comer , dentre eles um cativante e tradicional e para a cronista o melhor restaurante japonês da cidade , escondido como se fosse um dos inferninhos do bairro e localizado vamos dizer assim no ponto G , da “baixa Copacabana”. Próximo dali junta-se também não longe do meretrício ou melhor hoje na praça do “meretrício” Lido um delicioso árabe. Sem contar com os diversos e famosos botequins que constam não só na lista do famoso livro Rio Botequim , mas como no gosto popular e conhecidos por seus belisquetes e cerveja gelada , onde o garçom te serve sem nenhum tipo de distinção , tratando democraticamente a todos que lhe se encontram e misturam-se como o próprio bairro , considerado para a cronista um dos mais belos , cosmopolita e pujante da cidade, Copacabana.

2 comentários:

  1. Muito legal a sua cronica Noca. Copacabana é um pedaco de mundo fascinante!

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  2. Que bom que gostou Jean Marc, estou enamorada do bairro e estou pensando em escrever mais sobre as peculiaridades do bairro e seus personagens fascinantes!

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