quinta-feira, julho 07, 2011

Buraco da alma

Desconstruir uma vida estável, onde se tem o respeito profissional, certa estabilidade financeira, o carinho dos amigos, o amor da família, ou seja, tudo certo. Mas então, o que falta? Que vazio é esse? Parece que o peito tem um buraco. Na verdade o buraco não é no peito, é sim na alma, como se estivéssemos atolados em um pântano morno. E a vida parece que está pedindo passagem ou pedindo par dar uma volta.
Pensei sobre esse tema quando assisti semana passada ao filme “Meia Noite em Paris”, do genial Woody Allen, quando o personagem principal, ainda sem conseguir racionalizar sua insatisfação, se transporta aos anos 20 em Paris, tempos áureos quando a intelectualidade do mundo parecia se reunir por lá e se depara com um passado que sempre quis viver - o que para ele com certeza melhor do que seu presente. Negando assim o seu presente e a sua realidade e assim envolve-se mais com o passado que gostaria de ter vivido, até que em determinado momento do filme, que é melhor não contar, pois, com certeza, tem muitos que vão ler essa crônica e ainda não viram o filme, talvez por falta de tempo ou por detestarem os filmes do polêmico diretor, naquele estilo ame ou odeie. 
Mas, voltando ao filme, o fato é que o protagonista recobra a sua “lucidez” e volta a sua vida presente, percebendo com isso, que pode sim tapar o buraco da alma, ainda que nada seja eterno, pois na história de cada um ele pode nunca ter fim, mas com certeza tréguas, desde que você rompa como o personagem do filme com sua vidinha confortável e acomodável e dê um role com ela.

Dica: não poderia ser diferente e sendo redundante o filme Meia Noite em Paris”, do genial Woody Allen. Para quem já viu, reveja qualquer um dos filmes desse genial cineasta, para quem não gosta ,ou melhor, odeia, aposto que não leu a crônica até o final.

Nem tudo é Mentira - nemtudoementira1@gmail.com

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