quinta-feira, junho 21, 2012

Ê, ê, ê, ê, ê, Índio quer apito

                                                                               Foto : Nem tudo é mentira.

  Embora a Rio + 20 seja para discutir temas sérios não só de ecologia , mas também da erradicação da pobreza, saúde e até mesmo direitos reprodutivos da mulher, o que vi por aí foi algo bem diferente. Passeatas sem rumo certo, confusas , sem realmente dizer a que veio, com seus manifestantes dispersos em bares do centro da cidade , tomando um chope gelado na esquina, esperando diluir a aglomeração , pelo menos foi isso que ouvi de uma das pessoas que faziam o piquete , na lanchonete em que eu tomava meu singelo cafezinho.
                                   O festejo dos funcionários públicos pelo ponto facultativo obtido pelo governo estadual e municipal , pois abem que a cidade mesmo que maravilhosa não tem infra estrutura para eventos desse porte e para isso o que resta é decretar um feriado de pasmem , três dias. Imaginem como será a Copa do Mundo e Olimpíadas , férias coletivas para todos?
                                   Outros que brindaram a tudo isso foram as crianças e adolescentes que vibravam o fato de não terem aula e eram os mais vistos nos eventos culturais da cidade , mas ao que parece sem consciência ecológica nenhuma , pois jogavam papéis de biscoito pela calçada da cidade e estavam mais preocupados em “zoar” do que querer entender tudo isso ou pelo menos o significado da exposição Humanidades 2012, experiência única , ponto alto de todo evento e mais um tremendo acerto da coreógrafa Bia Lessa , mais um!
                                   Ilusão minha que achava que palestras importantíssimas estariam cheias de público ou disputadas em senha , acho que a única vez que distribuíram senha foi no show do Caetano. Nem precisei me inscrever antecipadamente, que já fui recebida pelas recepcionistas do local , ávidas em me dar pulseira e quase puxar a cadeira fixa do auditória para que eu me sentasse e fizesse o palestrante olhar um pouco mais feliz para o novo espectador que chegava.
                                   No mais a mudança pífia que fizeram os chefes de estado no rascunho do documento final da  Rio+20 , que não poderiam incluir reformas para financiar o desenvolvimento sustentável , embora os mesmos países aceitem dar 456 bilhoes de para salvar bancos da zona euro e recusem-se a reunir apenas  30 bilhões para salvar o nosso planeta .Não era uma dessas questões a serem discutidas no chinfrim evento? Onde o índio queria realmente apito. Ou Por que aqui índio é branco, diferente da marchinha carnavalesca:
                                                  "  Ê, ê, ê, ê, ê, Índio quer apito,
                                                     Se não der pau vai comer!"
Nem tudo é mentira. (nemtudoementira1@gmail.com)

      www.twitter.com/nemtudoementira







quinta-feira, junho 07, 2012

Seja o Pinóquio.

          
                Um amigo me perguntou o motivo de o logotipo do meu blog ser o Pinóquio , eu respondi que acho genial a história  do carpinteiro Gepeto que sonhava em ter um filho e cria um boneco de madeira , que cada vez que mentia seu nariz crescia e que tinha um desejo de ser um menino de verdade.    
              As aventuras de  Pinóquio, o título original do livro de Carlos Collodi , foi um livro realmente marcante na minha vida foi um dos primeiros livros que li após aprender a ler nos meus cinco anos de idade. E como nessa época não tinha vídeo cassete li e reli essa história por inúmeras vezes, como quem rebobina a fita, não porém pedia para minha mãe ler o livro de novo para mim.
                   Não eram faltas de oferta de livros , meus pais nessa aspecto eram generosos e não mediam esforços para compra de livros ou qualquer coisa que acrescentasse na nossa cultura , minha e do meu irmão.
                   Cheguei até mesmo acreditar que meu nariz pudesse crescer, caso mentisse. Acho que foi  a primeira grande farsa em que cai na vida . Como uma história poderia ser verdadeira se ela mesma era mentirosa? É certo que se deve ensinar as crianças a não mentir, mas contando uma mentira. É honesto?Ou o nariz cresce quando se mente?   Se fosse assim Brasília hoje se chamaria Narigália.
E os personagens coadjuvantes como o : Grilo Falante . Um bichinho magrelo , elegante e engraçado se metendo nas maiores encrencas para ajudar o boneco teimoso, servindo assim de seu conselheiro. Na tenra imaginação infantil , seria difícil traduzir , que o verde inseto ,nada mais , era do que a nossa própria consciência. Algo que embora exista dentro de todos , nem sempre é ouvido.
                   Sem contar, o Gepetto que sonhou algum dia ter um filho e por algo oculto na história que não foi explicado : Estéril? Gay? Impotente? A última hipótese é talvez a mais provável devido a avançada idade que ele fabricou o Pinóquio.
O fato é que o bondoso carpinteiro sofria dos males do mundo atual a malfadada solidão e a vontade de ter uma família , seu desejo foi tão latente que tornou-se realidade, embora antes tivesse que ser engolido até mesmo por uma Baleia . Hoje o dito “ mosntro marinho” na visão do Pinóquio , pode ser traduzido na burocracia ou na burrocracia que impede ou não facilita a adoção de crianças, como se estas não precisassem urgentemente de um lar doce lar.
                   Nessa tradução nada infantil , temos também o desejo do próprio Pinóquio em se tornar um menino de verdade , quem sabe aprender com os erros cometidos e tornar-se uma pessoa melhor. E como em todo o final feliz  seu desejo foi atendido pela “boa fada madrinha”.
                   E como todo bom enredo , tem que ter uma moral da história , faça crescer o menino/menina dentro de você , pois diferente do Pinóquio , nas aventuras da sua própria vida, já que nela nem sempre aparece fadas madrinhas.


Nem Tudo é Mentira.

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